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A Pastelaria Marques

A Pastelaria Marques ficava na Rua Garrett Nº 70 e 72 em frente da Livraria Bertrand.

Fundada em 1903, especializou-se em Banquetes para casamentos e baptizados e era uma das mais frequentadas do Chiado. Encerrou em 1978.

Depois do incêndio no Chiado em 1988 a Companhia de Seguros Império do Grupo Melo, proprietária do imóvel instalou ali alguns dos comerciantes desalojados.

A firma inicial, Manuel Marques & Cº., foi adquirida nos anos 40 por Manuel José de Carvalho.

Mário de SÁ-Carneiro terá feito referência à Pastelaria Marques.

Actualmente é um espaço denominado- “Antiga Pastelaria Marques" onde acontecem exposições  e outros eventos culturais.

 

 

 

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Restaurante Os Anarquistas

"E já agora, e ainda na mesma matéria, espreitemos o «Café Restaurante Trindade», no Largo deste nome defronte do Teatro, mais conhecido pela designação tradicional e inocente de «Os Anarquistas».

Foi fundado em 1906 por Avelino Vicente & Irmão, e hoje per­tence a Dias & Vicente.

Nunca foi um restaurante bairrista tumultuoso; nos «Anarquis­tas» era tudo palavriado, literatura, passos de jornalismo, visões rebeldes. Ao fim ao cabo muito fumo.

Porque nele se reuniam os que falavam alto e comunicavam de mesas para mesas —quando não recitavam versos, das peças de Teatro, redigiam fundos de jornais e mantinham 0 fogo sagrado de uma agitação intelectual, que parece passado chamavam-lhe o café dos Anarquistas.

Fechou e hoje é uma livraria.

....

Quero também lembrar-te que aqui, no meio deste Largo(Rafael Bordalo Pinheiro), entre o pórtico do Teatro (Trindade) e o ponto de referência dos «Anarquistas» passava a Muralha, na qual se abria o «Postigo da Trindade», que foi derru­bado em 1682."

Peregrinações em Lisboa / descritas por Norberto de Araújo ; acompanhadas por Martins Barata. – Lisboa : Parceria A.M. Pereira, [1938]-1939

 

 

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Restaurante Cervejaria Leão d'Ouro

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O Grupo do Leão foi uma tertúlia de artistas portugueses que se reunia na Cervejaria Leão de Ouro em Lisboa, entre 1881 e 1889. O grupo contava com jovens artistas que viriam a destacar-se como Silva Porto, José Malhoa e os irmãos Rafael e Columbano Bordalo Pinheiro, sendo responsável pela divulgação e pelo sucesso da pintura do Naturalismo em Portugal. Em 1885 o "Grupo do Leão" foi imortalizado num óleo sobre tela com o mesmo nome, da autoria do pintor Columbano Bordalo Pinheiro.

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Leitaria Garrett

 

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 A "Leitaria Garrett" era no n.º 46, desde os anos vinte do séc XX e encerrou em 1982.

 

Foi depois a "Boutique Migacho" a  "St. Tropez Kiwi".
O Victorino que foi um cliente assiduo enquanto estudante nas "Bellas Artes" e dedicou-lhe uma canção com o mesmo nome: "Leitaria Garrrett".

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O Tavares

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"Eis-nos deante do Caíé-Restaurante Tavares o autêntico, o «Tavares Rico», que é um capítulo de crónica tentadora.

É dos mais antigos estabelecimentos da Rua de S. Roque em todos os ramos de negócio, o morgado, o avô-senhor dos restaurantes bairristas, e enfileira assim no número restricto dos «recomendados» toda a Lisboa.

O café Tavares foi notável em Lisboa, ainda nos seus tempos de botequim, aí pelo começo do século XX, e na época D. Miguel.

Mas vinha de mais longe, foi fundado em 1784 por Nicolau Massa, o Talão, pertencendo já em 1823 a Manuel Tavares, assistido de seu irmão António, ambos duas figuras caricaturais, vestindo sempre de jaqueta, e , no botequim de sapatos de ourelo, o primeiro macambuzio o segundo jovial - e conspirador.

Em meados de oitocentos os Tavares haviam desaparecido e o café botequim, veio às mãos de um galego e esse o trespassou a um Pimenta.

Em 1861 era Vicente Caldeira que deu sociedade ao filho Manuel Caldeira, depois único proprietário e que na casa fez grandes transformações.

Morreu em 2 de Agosto de 192 o Manuel Caldeira que muita gente ainda conheceu, o estabelecimento passou para Miguel Miguez

Vilan, já gerente da casa e nela empregado desde os 14 anos, e que por sua vez deu sociedade a seu filho José.

O «Tavares»—foi  transformado em   1891 e em 1903.

Em 1921 acrescido do primeiro andar, modernizado tornou-se um restaurante de luxo, sem perder de todo o seu ambiente alfacinha, S. Roque puro.

Políticos, jornalistas, escritores, artistas, diplomatas e boémios -

do espírito e da própria política —que também tem a sua boémia- por aqui passaram, nas fases do jornalismo literário, nos periodos humorístico-sentimentais que  caracterizam  as revoluções de ideias e de processos. Já o velho Manuel Tavares em 1823 era perseguido por ideias Politicas (que aliás eram as de um seu irmão); 0 botequim de há duzentos anos andava sob as vistas dos beleguins do Alcaide de S Roque.

Manuel Tavares o primeiro dono de botequim que fêz afixar o clássico letreiro: «O dono desta Casa não consente aqui discórdias nem conversacões e opiniões políticas».

Afinal veio o liberalismo e o «Tavares» respirou; com a passagem os Caldeiras, e depois pela evolução dos costumes, o Restaurante «chique» de S. Roque tornou-se um lugar de bem estar, por vezes tertúlia, «cercle», conferência, bom tom, não se deixando cair na «coquetterie».

No prédio, propriedade de D. Adelaide Caldeira, morou durante muitos anos, e nele morreu, o artista Manuel Gustavo, filho de Rafael Bordalo."

 Peregrinações em Lisboa / descritas por Norberto de Araújo ; acompanhadas por Martins Barata. – Lisboa : Parceria A.M. Pereira, [1938]-1939

  

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