Se eu fosse o Domingos Paciência não aceitava o lugar de treinador do Sporting.
Está claro que o Braga garantirá que venha a receber o mesmo renegociando, e não corre risco de por em causa a sua promissora carreira.
É que em Alvalade tem de jogar apenas com onze e sentir-se-á muitas vezes só, sem a bênção que tem no Braga, é que meia dúzia de maus resultados rapidamente se deixa de ser bestial.
O melhor mesmo é esperar por uma proposta do estrangeiro e aí sim mesmo se algo não correr de feição pode sempre ser por inadaptação.
Não é que duvide da sua capacidade técnica, não, apenas estranho a tão rápida ascensão, mas nestas coisas tem de se apanhar o cavalo quando ele passa a correr, o que aceito e portanto também não digo isto por inveja.
Lembro-me agora de quando a bruxa má dizia que o país estava endividado e a continuar assim ia ter um fim triste e teso quem nem um carapau.
O pinóquio, que por outro lado, dizia que se não se apoiassem as empresas seria sim o desastre, mas se se apoiassem de modo a evitar despedimentos e ajudá-las de modo a ultrapassarem esta fase difícil, essa era a melhor forma de vencer a crise e continuar em frente de peito feito às balas.
Será que o que ele pretendia era uma forma para distribuir algum pelos amigos e garantir o seu futuro?
Por parte dos laranjinhas o homem foi o mais detestável que apareceu ao cimo da terra e fartaram-se de o culpar, desde ser maricas, de estar envolvido em actos de corrupção no freeport, na culpa da demissão da Nelinha da TVI, de querer que se comprasse a TVI como solução para afastar a dita, tanto pela PT como depois pelo Tagusparque, do envolvimento no face oculta (aí já não o meteram a ele, meteram homens de confiança ou amigos), etc.
Tanto que em todos os governos o ministro das finanças de qualquer governo saía sempre chamuscado e com o nome pintado em todas as paredes e este nem por isso.
Ok.
A história o dirá se afinal não passou tudo de uma fome desmesurada pelo poder, é que são muitos anos de seca sem teta (ou pote), ainda por cima o homem parecia ficar lá até aos confins e ter sete vidas como os gatos.
Foi preciso um arranjinho do padrinho e a ajuda dos encapotados simpatizantes que vestem de vermelho para deitarem por terra o homem.
Eu espero pelo tempo, que o tempo tudo traz ao de cima, depois quero ver quem tem razão ou se sou eu que estou ceguinho e confio em demasia nas pessoas por quem tenho alguma simpatia ou confiança.
Mas confesso que a ideia de à pressa suspenderem a avaliação dos professores me deixa uma certa certeza de que afinal não sou eu que estou enganado.
Já agora acho que podiam propor o aumento aos juízes, polícias, etc., repor o que foi retirado aos vencimentos da função pública, criar o gasóleo profissional prós camionistas, acabar com as portagens nas scuts, aumentar o preço do leite, no fundo contemplar todos os que estiveram do outro lado da barricada.
Já agora também não esqueçam de arranjar um lugarzinho para os jornalistas e comentadores que tanto se esforçaram por colocá-los no poder, eu tenho debaixo d’olho uma catrefa deles e fico à espera de gozar que nem um ouriço quando a máscara cair e se vir porque lutavam eles com tanto afinco e que camisola vestiam por baixo das gravatas.
Diz-se que já não há almoços grátis, a ver vamos se também já não há vergonha na cara.
Prometo, se estiver errado, por muito que isso me custe, passo-me pró lado deles e serei um dos seus mais dedicados apoiante, simpatizante, lambe-botas, etc.
No entanto não deitem foguetes antesda festa ou como estão já a fazer que é como se fosse passar por vinha vindimada é que até ao lavar dos cestos há vindima e por vezes um pequeno erro é a morte do artista.
É que há muita gente que não esquece: os sobreiros, os submarinos, as fotocópias, as Ogmas, as Companhias das Lezírias, as pontes Vasco da Gama, as PT, os CTT, as IP5, as CREL, os Pinto & Sotto Mayor, as Caixas Centrais Agrícolas, os BPPs, os BPNs, etc.
Reparei e até achei uma certa graça, que o noticiário da RTP tinha-se, descaradamente, rendido aos prováveis novos e promissores donos, tendo até sido objecto de reparo pela Nelinha na crónica do CM, o que fez com que nesse mesmo dia tenha sido cuidado o desmando e tornada a apresentação do telejornal mais isenta.
Por fim, no caso de virem a deter o poder deixo algumas sugestões:
-Acabem definitivamente com o Carnaval.
-Proíbam o acesso à Internet nos locais de trabalho, dado o grande prejuízo na produção nacional.
-Proíbam que os estudantes tenham acesso ao facebook porque prejudica os estudos.
-A idade da reforma que passe aos 70 anos.
-Acabem com os recibos verdes e criem os recibos laranja.
-Fim aos subsídios de subsistência e de desemprego.
-Fim aos serviços de saúde e hospitais públicos.
-Fim ao ensino público.
-Ao Magalhães passe-se a chamar grande noia.
-Estipulem a taxa de acesso ao Multibanco.
-Na Av. Joaquim António de Aguiar e Marquez de pombal plantem laranjeiras nos passeios.
-Estabeleçam que o plafont mínimo obrigatório de depósito passe para 25.000€ (não queremos tesos nos bancos).
-Privatizem os CTT e quem quiser um selo que vá a um balcão de banco.
-Na pasta das Finanças ponham uma comissão dado terem tantos e bons conselheiros económicos.
-Na pasta do Trabalho e Agricultura coloquem o paulinho das feiras.
-Na das Óbras Púbicas o tal da Madeira.
-Na Economia o tal milionário dum dia pró outro ex-vizinho do Corte Inglês.
-e no Desporto o tal dos electrodomésticos.
Ah, e que se decrete que o FCP seja campeão todos anos e o almoço com os deputados deixe de ser na Assembleia da Republica e passe a ser uma dobrada no centro da Av. da República como foi a feijoada da ponte Vasco da Gama.