Já tinha nos rascunhos à algum tempo este video, já nem recordo qual a intenção que me levou a utilizá-lo, mas porque sou dos que gostam muito da Mónica Bellucci e além do mais enquadrada numa visão sobre Lisboa é-me razão suficiente para publicá-lo.
Quero acreditar que cheguei ao fim de um período mais negro da minha vida.
No fim das férias como tem vindo a acontecer com milhares de Portugueses, foi extinto o meu posto de trabalho.
Acho que foram mal formados, animalescos e desprezíveis.
Mas levantei o rosto, caminhei altivo e espero brevemente uma oportunidade, não tenho nada o convencimento de que cheguei ao fim da minha carreira laboral e tenho para mim que um dia a sorte também me irá sorrir e novos e melhores dias virão.
Só espero andar por cá mais uns anitos porque acredito, DEUS é Grande.
Aproveitei, arrumei os cinzeiros, deitei fora os isqueiros e passei a fazer a minha caminhada matinal diária.
Chegou a vindima e fui uns dias fazer a vindima de casa.
Chegou a colheita da azeitona e voltei a fazer o mesmo.
Nessa altura senti um aviso à minha saúde e programei fazer uma temporada exemplar, para ir ao médico com os valores normais para detectar algo que não estivesse regular.
No regresso da azeitona estourou o meu carro e passei a fazer umas viagens de autocarro e metro e não me tenho vindo a sentir desagradado, antes, por sinal, depois de tantos anos pensei que fosse uma permanente hora de ponta daquelas com jogo dos campeões europeus na Luz.
Pior foi que há dias comecei a ter cansaço, faltas de ar, insónias, mal-estar e comecei a sentir-me doente.
Sempre tive como princípio que isso seria o mais importante a preservar e sempre fiz por cuidá-la com muita atenção, mas se calhar com as festas do Natal e do Ano Novo talvez tenha cometido algum excesso, talvez um período de maior ansiedade, o certo é que fui ao tapete.
Já reparei a situação e tenho ainda programadas mais uma série de etapas para debelar por completo a situação.
Julguei-me mais forte mas afinal não há heróis. O desemprego, as respostas às diversas candidaturas, uma em quatro meses e por SMS a marcar reunião a que eu deveria responder telefonicamente da minha presença, para ser seleccionada para vendas de máquinas em que tinha de inicialmente comprar uma, o aviso de que não estaria tudo bem na saúde, o estourar do carro que não veio nada na altura mais feliz, a ansiedade que impus a mim próprio para em Janeiro conseguir nova ocupação, as insónias, etc. e, bronca, estouro eu.
Bom, mas quero e espero convictamente consegui-lo, ou seja recuperar a saúde e o resto não conta muito.
Nunca estamos verdadeiramente preparados para fazer face a estas situações, mas nos 40 anos de trabalho sempre tive presente que se um dia uma situação destas viesse a acontecer-me teria de ter condições para sobrevivê-la e é o que faço.
Só a surpresa da saúde ter dado um aviso é que não previ, mas vou fazer toda a força e ultrapassar esta fase que, acredito, vencerei.
Mas parece que uma fase negra me tem acompanhado, não bastava um tiro, tinha que ser a rajada completa?
O que vale é que brevemente temos aí o Carnaval e a vida continua.