Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Por este andar, até ao fim do ano vamos ter um chorrilho de gente a passar-se pelas TV's, a chorar-se de quanto a crise lhes vai retirar.
Das duas trinta e três, ou é para os vizinhos ficarem com inveja dos chorudos ordenados que dizem que ganham ou, então, é os tipos das TV's a pôr uns papalvos a dizer aquilo que eles queriam dizer, mas não podem dar a cara a dizer.
Tenham vergonha! se o vosso espelho vos anda a enganar e a dizer que vós sois os mais belos, os mais perfeitos e os mais competentes, partam o espelho!
Vejam a realidade deste país, e não vos digo mais nada.
Um dia destes, ainda vou ver o meu vizinho na TV a dizer quanto vai deixar de ganhar e, seguramente, vai ser superior ao que muitas famílias têm para fazer face à vida que honestamente conseguem ter.
Estou ansioso é para ouvir os comentários da porteira do prédio no dia seguinte e da dificuldade acrescida em receber os condomínios desses senhores que vão perder tanto.
Bom, também posso aceitar, e a pensar como ela, que isso talvez passe por ser um aviso pró homem do talho e pró mecânico que se ainda lá está alguma conta calada, o melhor é porem pés ao caminho, porque o futuro vai ser bem mais feio.
Ainda assim, fico curioso com as conversas que vão gerar-se no hall do prédio ao sábado de manhã, é que talvez de cada vez que a família se junta em casa o parque da rua deixe de parecer o parque d'uma embaixada, tal é quantidade de Mercedes estacionada.
E já agora que falei de TV, não percebi ainda porque é que cada vez que entrevistam alguém na rua aparecem sempre um ou dois brasileiros a dar opinião. Quando fazem o mesmo nas manifestações de Paris sobre a idade da reforma, na Irlanda sobre o nível de vida, na Alemanha ou Inglaterra, aparece sempre um português a opinar? Será intencional? Fará parte do complexo do emigrante de cada vez que vê uma câmara fica em portas?
5 seguidores
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.