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Aqui há uns tempos, tive a ideia de sugerir a um canal de televisão um programa.
Programa esse que penso teria algum interesse, apesar de as audiências se calhar não acompanharem o meu gosto.
De certo que não é nada de eloquente e porventura já outros tiveram a mesma ideia, só não terá sido realizada ainda, porventura porque há razões que o meu desconhecimento não atinge.
Mas então a ideia era para um programa ou pouco à imagem do que foi feito sobre os casamentos aqui à uns anos atrás, mas sobre as festas populares de verão deste país.
Penso eu, que dando visibilidade às empresas patrocinadoras dessas festas, às empresas da região, das diversas actividades existentes, à cultura, aos monumentos, às paisagens, à gastronomia, às tradições, seria uma boa promoção turística à Terra visada.
Por outro lado, penso que todas as Terras fariam o maior esforço para que a sua festa fosse condizente com a imagem que se pretende tenha a sua Aldeia, Vila ou Cidade.
É claro que em muitas aldeias deste país, por motivos vários, já não se realizam sequer essas festas, mas talvez isso fosse um forte motivo para que as que as fazem as mantenham e as que já desistiram voltem a recuperar as suas tradições.
Penso que as juntas de Freguesia teriam aí uma contribuição importante para a realização dessas festas, talvez pedindo que sejam elas a candidatar-se ao programa.
É que hoje só com voluntariado já não é possível fazerem-se.
A vida está hoje muito ocupada e o tempo cada vez mais é dinheiro.
Uma grande parte das aldeias, poucos habitantes têm, os emigrantes cada vez menos passam as férias nelas, ainda há alguns que passam por lá para visitar os familiares mas depois vão até às praias.
A história do álcool também afastou um pouco as pessoas, há sempre um amigo que se visita, o calor é muito e é mais uma míni , então para evitar, o melhor é não ir.
Mas tenho uma certa saudade de ver os arcos iluminados dos arraiais, os papelinhos triangulares multicolores colados em fios, as karmesses carregadas de garrafas, o leilão das bebidas e das oferendas, a Banda, o bailarico, o fumo do frango assado e as sardinhas, o cheirinho a pairar no ar, as barracas de tiros, os conjuntos musicais, as vedetas artísticas contratadas, o fogo de artificio, etc.
Com essa visibilidade talvez os artistas da nossa praça tivessem mais cuidado com os seus reportórios e assim a musica pimba fosse banida.
As bandas musicais, que aqui há uns anos tiveram um novo relançamento nas aldeias, com esta visibilidade talvez agarrassem mais interessados.
E depois ajudava a juventude a ter orgulho nas suas raízes e aprender a gostar das tradições populares.
Os ranchos folclóricos, a dança que agora agarrou a juventude, os grupos de teatro, os artistas populares, o acórdeon , os bombos, o pífaro, os grupos corais, etc.
Não desconheço que regra geral o que está por trás dessas festas é a vertente religiosa, e não se pode dar ênfase a uma religião em desprimor das outras, mas que sobre isso passassem como raposa sobre vinha vindimada, o importante é todo o bolo e não só a cereja .
Penso que haveria muitos patrocinadores interessados nesse programa, por alguma razão alguns deles até utilizam imagens dessas na publicidade.
É que também há esta coisa, se não o fazem rapidamente e guardam como documento histórico, qualquer dia já não há.
As aldeias estão a ficar desertificadas, as novas gerações procuram outros divertimentos e outras paragens, estão mais virados para férias em paraísos tropicais e cidades modernas.
Vejo que a televisão espanhola tem todo o interesse em acompanhar todo o género de festas populares e as promover de forma a promover o seu turismo.
Não vejo tanto interesse nas grandes feiras municipais sobre as actividades económicas, que reconheço fazem falta, tanto assim que hoje não há município nenhum que não tenha o seu pavilhão multiusos ou centro empresarial para essas realizações.
Mas isso é mais: ó parolo olh’ó balão.
Parece-me que a vertente pró turismo terá mais futuro.
Nada como por esta via para promover o país no seu melhor, que é Portugal em festa.
Nem sequer preciso de referir, politica, por amor de Deus, não.
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